ESPECIAL

10 anos de Supergirl: o legado da série anti-Trump que lutou por justiça social

Série estrelada pela prima do Superman está disponível na HBO Max
DIVULGAÇÃO/CW
Melissa Benoist em pôster de Supergirl
Melissa Benoist em pôster de Supergirl

Antes do filme Superman (2025) levantar a bandeira da imigração nos Estados Unidos, colocando no centro do debate polêmico um personagem que simboliza o coração da América, a série Supergirl fez isso praticamente durante todas as suas seis temporadas. E, curiosamente, também sob o governo de Donald Trump, que não esconde sua aversão às pessoas estrangeiras que vivem no território norte-americano.

Neste domingo (26), Supergirl completa dez anos. Atualmente disponível na HBO Max, a atração liderada por Melissa Benoist, na pele da personagem titular, mantém-se relevante devido aos temas que foram abordados em seus 126 episódios. Isso porque a maioria deles foi lançada durante o primeiro mandato de Trump na Casa Branca. Hoje, o clima político nos EUA não é tão diferente de uma década atrás.

Sem medo de ser militante e lutando por justiça social, Supergirl foi cirúrgica e sagaz ao levantar a bandeira anti-Trump em todos os seus arcos narrativos. Essa questão de imigrantes e refugiados foi uma constante, com a própria Kara Zor-El/Kara Danvers, personagem de Melissa, reconhecendo que é uma “refugiada na Terra”, por vir do planeta Krypton (assim como Clark Kent/Superman, seu primo).

Supergirl e a bandeira anti-Trump
A série Supergirl estreou em 28 de outubro de 2015 e terminou em 9 de novembro de 2021. Quer dizer, pegou o primeiro mandato inteiro de Donald Trump na presidência dos Estados Unidos (2017-2021). As atrocidades que ele propaga, diz e determina (via decretos) atualmente, em sua segunda passagem pela Casa Branca, são iguais ou piores do que fez há dez anos.

Muitas séries se posicionaram contra Trump, de forma direta ou indireta, durante seu primeiro governo. Supergirl foi a mais eficaz por usar analogias sem perder a acidez da crítica, camuflando na narrativa histórias bem amarradas acerca de posições contrárias às do presidente dos EUA. Não houve lacração nem mimimi.

Na ocasião, Trump derrotou Hillary Clinton, ex-primeira dama dos EUA, senadora e secretária de Estado, impedindo assim a chegada de uma mulher no posto mais importante da geopolítica mundial. No mundo de Kara Danvers, porém, uma mulher assumiu a presidência do país, personagem interpretada por Lynda Carter, a Mulher-Maravilha da clássica série homônima dos anos 1970.

Naquele tempo, Trump já fazia cruzadas intolerantes e raivosas contra as pessoas trans. Então, Supergirl introduziu Nia Nal/Sonhadora (Nicole Maines), a primeira heroína transgênero da história da TV americana.

Supergirl ficou marcada por abrir as portas para a diversidade, equidade e inclusão, três termos que fazem Trump arrepiar os cabelos. Nesse ponto, a série sempre deu espaço para pessoas da comunidade LGBTQIA+, tendo como elo mais forte a agente Alex Danvers (Chyler Leigh), lésbica com uma bela jornada que, literalmente, salvou vidas de muitas garotas e jovens.

Entre tantos aspectos progressistas, um dos mais interessantes e importantes foi como tratou a questão da imigração nos EUA. Supergirl mandou bem ao falar disso em um arco narrativo no qual os aliens passaram a ser tratados como forasteiros em território americano (e em outras partes do mundo), vivendo isolados, sendo alvos de ataques de ódio e, por muitas vezes, tendo de esconder a verdadeira identidade e tradições para serem aceitos.

Lá no primeiro mandato, Trump aplicou leis severas de regularização de imigrantes, abordada com inspiração crítica por Supergirl nesse ponto da série.

Curiosamente, a mulher presidente vivida por Lynda Carter, Olivia Marsdin, era uma alienígena na Casa Branca, comandando a nação mais poderosa da Terra; uma forasteira igual à jornalista Kara Danvers/Supergirl.

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