
A segunda temporada de Gen V, com episódios inéditos lançados toda quarta-feira no Prime Video, tem o super Cipher (Hamish Linklater) como o principal vilão da história. Atendendo pelo nome civil de doutor Gould, ele entrou na trama como o novo reitor da Universidade Godolkin, assumindo abertamente a defesa da supremacia dos supers sobre a humanidade.
O diretor carrega um passado sombrio e uma aura de mistério que o tornam uma figura ainda mais ameaçadora. Nascido no fim da década de 1970, Cipher foi submetido desde o berço a experiências da Vought, quando seus pais aceitaram a aplicação do Composto V. A decisão marcou para sempre seu destino, conferindo-lhe habilidades sobre-humanas e transformando-o em um super.
Em português, cipher pode significar criptograma, cifra ou algo a ser decifrado. É um nome que se encaixa como uma luva para definir a personalidade misteriosa do personagem.
Ao longo da vida adulta, construiu uma reputação de cientista brilhante, capaz de conquistar a confiança de autoridades de alto escalão. Antes de assumir o posto máximo em Godolkin, comandou o Centro de Reabilitação de Elmira, experiência que reforçou sua imagem de estrategista frio e calculista.
Dotado de inteligência excepcional e notável capacidade de liderança, Cipher não se limita ao papel acadêmico. Criador de um programa inovador para impulsionar os poderes dos estudantes, ele demonstra conhecimento profundo sobre a fisiologia dos supers e os segredos do Composto V.
Consegue impor uma influência além do intelecto. Seu carisma e sua postura intimidadora o tornam quase inabalável diante de adversários.
Os métodos que adota, contudo, revelam um caráter impiedoso. Um episódio emblemático expôs sua crueldade quando forçou a estudante Cate Dunlap (Maddie Phillips) a colocar a mão em um liquidificador para impedir que ela usasse seus poderes contra ele. A cena ilustra a forma como o vilão mantém o controle pelo medo, combinando calma imperturbável com ameaças brutais.
Outro momento impactante ocorre quando Marie (Jaz Sinclair) descobre que foi ele quem a injetou com Composto V ainda bebê, como parte do Projeto Odessa, programa de inspiração nazista responsável por experiências brutais em recém-nascidos. De todas as cobaias, apenas Marie sobreviveu.
Apesar da resistência sobre-humana, Cipher não é invulnerável. Ele pode ser neutralizado por forças extremas e apresenta fraquezas a frequências sonoras elevadas, capazes de provocar dor intensa e até paralisá-lo temporariamente.
Com uma mistura de genialidade, capacidade de persuasão e brutalidade, Cipher surge como um antagonista que promete elevar a tensão em Gen V e consolidar sua presença como um dos vilões mais intrigantes da franquia The Boys. •

João da Paz é editor-chefe do site Diário de Séries. Jornalista pós-graduado e showrunner, trabalha na cobertura jornalística especializada em séries desde 2013. Clique aqui e leia todos os textos de João da Paz – email: contato@diariodeseries.com.br