
Para levar o público aos anos 1980, a série brasileira Máscaras de Oxigênio (Não) Cairão Automaticamente, da HBO, não optou pelo caminho mais fácil, de usar filtros retrôs que até os celulares mais ultrapassados oferecem. A produção escolheu o modo hard na hora de gravar determinadas cenas que se passam no final da década.
A estética da série, combinada às óbvias imagens digitais, é fruto de câmeras Super 8 e 16 mm para recriar a atmosfera dos anos 1980, com atenção especial também ao design de produção e à supervisão musical.
“Trabalhamos com câmeras VHS da época, o que causa certa dúvida sobre termos usado ou não imagens de arquivo na série”, disse Marcelo Gomes, um dos diretores da atração, em entrevista ao site Variety.
“Gravamos tudo nós mesmos, o que, na minha visão, traz uma grande autenticidade à história”, completou. E para incrementar essa viagem no tempo, ele acrescentou que a equipe de Máscaras também se dedicou intensamente a recriar os interiores de aviões daquela época, assim como os uniformes das comissárias de bordo.
Máscaras de Oxigênio (Não) Cairão Automaticamente apresenta uma história real acerca do início da epidemia de Aids no Brasil. A trama acompanha um grupo de comissários de bordo que, ao ver amigos e colegas adoecerem sem acesso ao tratamento, inicia uma operação arriscada de trazer ilegalmente o medicamento AZT do exterior, mobilizando uma rede de solidariedade em meio à negligência do governo frente à crise.
Produção original da HBO, Máscaras de Oxigênio (Não) Cairão Automaticamente pode ser vista online no streaming HBO Max. Os episódios inéditos entram na plataforma às 23h de cada domingo, mesmo horário da estreia no canal pago; são cinco capítulos, no total.
Neste domingo (14), é a vez do episódio três. •

João da Paz é editor-chefe do site Diário de Séries. Jornalista pós-graduado e showrunner, trabalha na cobertura jornalística especializada em séries desde 2013. Clique aqui e leia todos os textos de João da Paz – email: contato@diariodeseries.com.br