
Com os primeiros episódios disponíveis no Globoplay desde quinta-feira (14), o drama nacional Dias Perfeitos tem como base o livro best-seller homônimo escrito por Raphael Montes, o mesmo de Bom Dia, Verônica (que virou série na Netflix). Sem mensagem cifrada, ele adiantou que o final da adaptação televisiva será diferente do que está nas páginas de sua obra literária.
É uma estratégia para surpreender a pessoa que já conhece a história. Dias Perfeitos segue os passos da aspirante a roteirista Clarice (Julia Dalavia) e do estudante de medicina Téo (Jaffar Bambirra). Ele se encanta por Clarice após conhecê-la por acaso e, diante das negativas da jovem, decide sequestrá-la, acreditando que, com o tempo, ela irá correspondê-lo.
“O último episódio da série é uma trama pós-livro”, revelou Montes, em entrevista ao site gshow. “É interessante que as histórias sejam complementares, e não idênticas.”
Essa abordagem é bem-vinda e reacende um debate que cerca qualquer adaptação. Quem lidera os trabalhos na versão televisiva sempre fica dividido entre copiar o material original de forma literal (seja livro, quadrinho ou filme) ou fazer algo totalmente distinto.
O entrave disso é que, seja qual for a escolha, vai ter uma parcela do público que irá criticar a adaptação, seja por ser uma coisa igual ou com muito diferencial em comparação com a matriz.
Por isso, Montes foi feliz em seu comentário, avisando que Dias Perfeitos, a série, “é complementar, não idêntica” ao livro, enfatizando a importância dessa separação.
Dias Perfeitos é composta de oito episódios. O Globoplay optou por lançamentos semanais, em blocos. O último capítulo entra na plataforma da Globo em 28 de agosto. •

João da Paz é editor-chefe do site Diário de Séries. Jornalista pós-graduado e showrunner, trabalha na cobertura jornalística especializada em séries desde 2013. Clique aqui e leia todos os textos de João da Paz – email: contato@diariodeseries.com.br