UNSOLVED

Veja esta (ótima) série sobre Tupac e Big antes de ser removida da Netflix

True crime nota 10 esmiúça os assassinatos não resolvidos dessa duas lendas do rap
DIVULGAÇÃO/USA NETWORK
Wavyy Jonez (à esq.) e Marcc Rose na série Unsolved
Wavyy Jonez (à esq.) e Marcc Rose na série Unsolved

A minissérie Unsolved, um true crime de primeira categoria, será removida da Netflix: o último dia para assistir ao drama é 26 de fevereiro. Ainda dá tempo suficiente para maratonar com calma os dez episódios, seja pela primeira vez ou não, e conferir a história sinistra por trás das mortes de dois dos maiores rappers de todos os tempos: Tupac Shakur e The Notorious Big.

Com uma excelente distribuição narrativa, Unsolved mostra em detalhes tudo o que aconteceu antes e depois de ambos os rimadores serem assassinados; Tupac em 1996, Biggie Smalls no ano seguinte. Nenhum dos casos foi efetivamente solucionado, por isso o título da série, algo como Não Resolvido, em português. Os dois se foram jovens: Tupac com 28 anos e Big, 24.

A minissérie não tem a pretensão de apontar definitivamente quem puxou o gatilho ou ordenou as execuções. O objetivo é apresentar, com minúcia, os eventos que antecederam e sucederam às fatalidades.

Por isso, foi ótima a ideia de distribuir o enredo dividido em três linhas do tempo que se intercalam ao longo dos episódios:

  • A primeira se passa durante a metade dos anos 1990, época na qual Tupac Shakur (Marcc Rose) e Big (Wavyy Jonez) eram amigos mesmo, sempre se encontrando quando havia oportunidade. Viviam em lados opostos dos EUA (Costa Oeste, Tupac – Costa Leste, Big) e representavam estilos diferentes de fazer rap. Nota: Por diversos fatores, incluindo a ingerência de Sean ‘Diddy’ Combs, parceiro de Big, nunca rolou uma gravação oficial entre os dois, mas há registros de algumas rimas colaborativas, isso em vida. Há canções póstumas que juntaram Tupac e Big em um feat. 
  • A segunda linha do tempo tem início em 1997, logo após o assassinato de Big, que ocorreu em Los Angeles, Costa Oeste dos EUA. Tupac havia falecido, em Las Vegas, seis meses antes. Nesse recorte, o foco fica no detetive Russell Poole (Jimmi Simpson), designado a investigar a morte de Big. Ele, porém, se depara com resistência na polícia local, pois tenta ligar os pontos entre os dois assassinatos. Poole paga o preço por especular que policiais tivessem, de alguma forma, envolvidos nesses crimes.
  • Já a terceira é ambientada em 2006. Naquele ano, a mãe de Christopher George Latore Wallace, nome civil de Notorious Big, processou a polícia de Los Angeles pela não resolução do assassinato de seu filho. Violeta (Aisha Hinds) acreditava na teoria de Poole, sobre participação direta ou indireta de policiais. A cidade lida com o processo no qual pode perder US$ 400 milhões na Justiça e, por isso, o caso é reaberto.

Nessa terceira linha do tempo, o destaque vai para o ator Josh Duhamel, na pele do detetive Greg Kading, encarregado de liderar a nova investigação. Na vida real, Kading escreveu o livro Murder Rap (2011), dedicado a relatar a visão da polícia em ambos os casos, de Tupac e Big. Kading foi produtor-executivo e consultor de Unsolved, com seu livro servindo de base para o desenvolvimento da trama.

Unsolved tem uma curiosidade bastante inusitada. Embora seja sobre duas lendas do rap, a minissérie não toca nenhuma música deles. O motivo é que os produtores não conseguiram licenciar os raps icônicos de 2pac e Biggie Smalls.

Mesmo assim, a atração deu um jeito e, ao menos, inseriu trilhas marcantes dos anos 1990 e 2000. Clássicos do rap e da black music marcam presença, como No Vaseline (Ice Cube), Hip Hop Hooray (Naughty by Nature), entre outros.

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