REPRODUÇÃO/HBO
Sinal característico de Batman na série Pinguim
A minissérie Pinguim (HBO) chegou ao fim, no último domingo (10), com uma referência emblemática. No céu de Gotham brilhou o símbolo do Batman, o inconfundível Bat-Sinal, naquela projeção de luz tão tradicional das histórias do Homem-Morcego. Isso foi o máximo que o telespectador viu de algo diretamente relacionado ao herói icônico da DC na trama derivada do badalado filme de 2022, com o ator Robert Pattinson na pele do justiceiro ricaço.
Não ter Pattinson reprisando esse papel na TV foi decisão da showrunner Lauren LeFranc, responsável por desenvolver o spin-off centrado no vilão Pinguim (Colin Farrell). O Batman não deu às caras na minissérie e nem deve aparecer caso uma reviravolta ocorra nos bastidores e uma nova leva de episódios seja encomendada (Farrell disse que topa retornar como o gângster Oswald ‘Oz’ Cobb, nome civil do protagonista titular).
Em entrevista à revista SFX, Lauren ressaltou a importância de se distanciar um pouco do filme dirigido por Matt Reeves. A minissérie Pinguim é totalmente conectada ao longa, começando sua jornada uma semana após os eventos vistos na trama estrelada por Pattinson.
“Para mim, acho que tem um impacto diferente. O filme de Matt tem a perspectiva do Batman, observada do alto, olhando para Gotham”, comentou a roteirista. “A série apresenta um ponto de vista distinto. Com Oz, o foco está nas ruas da cidade, no chão, na lama, na fuligem… É um olhar de baixo para cima, querendo abrir caminho até o topo.”
Lauren reforçou que a série Pinguim tem outra vibe, ao comparar com o filme Batman. “Acredito que Gotham é uma cidade interessante o suficiente para merecer ter mais portas destrancadas dentro dela, para podermos passar por elas e ver o que achamos.”
Matt Reeves também falou sobre essa ausência de Batman, acrescentando que a série da HBO é “uma extensão do que está fundamentalmente lá [na Gotham do filme]. Sabemos que aquele é o mundo do Batman.”
Composta de oito episódios, Pinguim bateu recordes de audiência na HBO e Max, performance que anda de mãos dadas com os elogios vindos do público e da mídia especializada. A atração, como minissérie ou não, promete ser uma força no circuito de premiações hollywoodianas que começa em janeiro, a partir do Globo de Ouro. •
João da Paz é editor-chefe do site Diário de Séries. Jornalista pós-graduado e showrunner, trabalha na cobertura jornalística especializada em séries desde 2013. Clique aqui e leia todos os textos de João da Paz – email: contato@diariodeseries.com.br