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Anna Sawai na série Xógum, do grupo Disney
Crise? No rebote de uma greve histórica que parou Hollywood durante seis meses, acontecimento que sucedeu à pandemia de Covid-19, a indústria de entretenimento investe em conteúdo como nunca. Segundo relatório da Ampere Analysis, firma londrina especializada em apurar dados de empresas de comunicação, a gastança em 2024 é a maior de todos os tempos: US$ 126 bilhões (R$ 738 bilhões).
O estudo considera dinheiro aplicado em filmes e programas de TV (séries, realities, documentários e mais) no mundo inteiro. Logo, se destacam as produtoras de alcance global. Esse montante todo vem somente de seis empresas: Disney, Comcast (NBCUniversal), Google (YouTube), Warner Bros. Discovery, Netflix e Paramount Global.
A Disney lidera esse grupo, representando 14% de todo o investimento em conteúdo no planeta. A conta está 27% mais cara do que a do ano passado, chegando a US$ 35,8 bilhões.
Na sequência aparecem:
- Comcast: US$ 24,5 bilhões;
- Google: US$ 17,6 bilhões;
- Warner Bros. Discovery: US$ 16,8 bilhões;
- Netflix: US$ 16 bilhões;
- Paramount Global: US$ 15,1 bilhões.
De todo o bolo feito por essas seis empresas, uma fatia de cerca de US$ 40 bilhões foi destinada exclusivamente para as respectivas plataformas de streaming, como o Disney+, Max (da Warner) e Paramount+.
A Ampere notou que muito desse gasto teve origem na aquisição e produção de conteúdo de fora dos Estados Unidos. A Netflix, por exemplo, desembolsou mais da metade de seu orçamento (52%) em produtos rotulados como “internacionais” pela indústria hollywoodiana. •
João da Paz é editor-chefe do site Diário de Séries. Jornalista pós-graduado e showrunner, trabalha na cobertura jornalística especializada em séries desde 2013. Clique aqui e leia todos os textos de João da Paz – email: contato@diariodeseries.com.br