FAMÍLIA NO MEIO DO NADA

15 anos de The Middle, a série que riu da classe média com sagacidade

Comédia foi precisa ao retratar os apuros de quem vive contando centavos
DIVULGAÇÃO/ABC
Charlie McDermott (à esq.) e Atticus Shaffer em The Middle
Charlie McDermott (à esq.) e Atticus Shaffer em The Middle

Comédia que retratou com maestria os apuros que a classe média enfrenta no dia a dia, The Middle completa 15 anos nesta segunda-feira (30). Disponível completa na Max, 215 episódios espalhados em nove temporadas, a série foi precisa ao retratar os mais diversos perrengues de quem está no “meio” da sociedade, desde escolher qual conta do mês deve ser paga a usar produtos até a data (ou depois do) vencimento.

Exibida de 2009 a 2018, The Middle mostrou como é viver acima da pobreza, mas longe de desfrutar o luxo dos rycos. A dinâmica da narrativa é bem tradicional para justamente ser de fácil identificação à maior parcela do público. 

No comando da família estão duas pessoas trabalhadoras. A matriarca é Frankie Heck (Patricia Heaton), uma nada eficiente vendedora de carros usados que depois vira higienista dental. O patriarca é Mike (Neil Flynn), sujeito fechadão, sem emoção, que gerencia trabalhadores em uma pedreira.

Eles têm três filhos. O mais velho, Axl (Charlie McDermott), é o típico garoto popular que é craque nos esportes escolares, mas vai muito mal na parte acadêmica. No meio está Sue (Eden Sher), adolescente com a energia lá em cima, cheia de entusiasmo, porém sem qualquer traquejo social. E o mais novo é Brick (Atticus Shaffer), menino introvertido e inteligente.

Os episódios de The Middle brincam com situações que a maioria da população já passou alguma vez na vida, como deixar de comprar uma roupa de marca a favor de uma peça mais em conta, apertar as contas por causa de uma obra ou reparo doméstico, o filho mais velho arranjando um emprego logo para ajudar pagar os boletos…

Marido e mulher precisam trabalhar duro visando o sustento e bem-estar da família, com Frankie buscando um emprego melhor assim que os filhos mais velhos se aproximam da idade de entrar na faculdade (que significa aumento de despesas).

Nessa rotina, impera a contenção de gastos. Então, muitas férias são em casa mesmo, pois não há condições financeiras de bancar viagens caras mundo afora a todo instante. Coisas como cancelar a TV por assinatura e comprar roupas em promoção fazem parte da educação financeira dos Hecks.

A magia de The Middle é não retratar esses apertos como uma desgraça nem de forma apelativa. A abordagem realista é sincera, inteligente e com muito bom humor. É daquelas séries que dão uma sensação de conforto.

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