CRÍTICA

Série picante com Sam Heughan, The Couple Next Door é boa?

Suspense erótico britânico estreia no Universal+ na terça (11)
DIVULGAÇÃO/CHANNEL 4
Eleanor Tomlinson (à esq.), Jessica De Gouw e Sam Heughan em The Couple Next Door
Eleanor Tomlinson (à esq.), Jessica De Gouw e Sam Heughan em The Couple Next Door

O Universal+ lança, na terça-feira (11), a minissérie britânica The Couple Next Door, thriller erótico que conta com Sam Heughan (Outlander) no elenco principal. Adaptada de uma produção holandesa, a trama aborda questões de moralidade e descoberta sexual ao examinar a rotina de vizinhos ricos em um bairro nobre inglês. Afinal, The Couple Next Door é boa?

Sim, a minissérie é digna de sua atenção. Porém, é preciso estar ciente do que ela vai entregar: um entretenimento raso ideal para você assistir e esquecer os problemas do dia a dia. Não se trata de uma produção de ponta, porém é altamente viciante, daquelas para emendar um episódio após o outro porque o suspense realmente te pega de jeito.

O que aconteceria se você fosse obrigado a ser vizinho de uma pessoa que desperta uma paixão proibida? Esse é o ponto de partida da história contada em The Couple Next Door (O Casal ao Lado, em tradução livre).

Em uma área pacata e nobre da cidade de Leeds (Inglaterra), vive o casal Danny Whitwell (Heughan), um policial de trânsito, e Becka (Jessica De Gouw, da série Arrow), professora de ioga, que tenta reconstruir seu casamento após uma traição. A rotina não poderia ser mais entediante (com exceção de encontros com outros casais), vivendo em um mundo de cortinas fechadas onde vale tudo pelo status.

No entanto, o horizonte do casal ganha novas cores quando Evie Greenwood (Eleanor Tomlinson, de One Day) e seu marido, Pete (Alfred Enoch, de How to Get Away with Murder), se mudam para a casa de frente. Evie é professora e Pete, jornalista.

O roteiro da minissérie merece todo o destaque, pois em um tiro curto (apenas seis episódios), consegue introduzir com maestria os personagens, mostrar as tramas que os envolvem e entregar um final satisfatório.

Como espinha dorsal está a faísca que surge quando Danny e Becka conhecem Evie e Pete. São opostos: Danny e Becka alimentam um relacionamento não monogâmico, adeptos do swing; já Evie é cristã estrita, com histórico de uma infância e adolescência cheia de restrições, e Pete parece ser o cara mais padrão do quarteto -“caretas”, estão juntos desde os tempos da faculdade.

Evie sente uma atração proibida por Danny, retratado como um policial sexy e em forma, que ainda por cima tem uma moto BMW. Acontece que a professora “santinha” tem esse peso da moralidade em sua cabeça, confrontado com a liberdade sexual do vizinho galã.

The Couple Next Door não é um exame profundo sobre esse tipo de conflito, mas entrega bem o que propõe.

Embora essa relação entre os vizinhos seja o ponto principal da narrativa, há histórias paralelas interessantes que fazem todo o sentido com o núcleo da minissérie, como o serviço que Danny faz por fora do trabalho e uma investigação jornalística orquestrada por Pete. Esses elementos são ótimos porque refrescam e servem como pausa dos momentos picantes da trama.

Não existe certo ou errado entre ser moralmente restrito, em relação a aventuras sexuais, ou viver um namoro aberto. Mas The Couple Next Door sugere uma reflexão sobre extremos, o bacanal versus o pudor. O que vale mais, uma aliança fiel e única ou um amor livre, leve e solto? Após completar a minissérie, tire sua própria conclusão.

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