Entre as séries mais vistas da Netflix no momento, Kaos conquistou o público por apresentar uma história diferente e moderna acerca da mitologia grega. Quem já devorou todos os oito episódios, lançados na última quinta-feira (29), fica com dúvida sobre a sequência da trama, pois ela cruza a linha de chegada com um final em aberto, brecha para uma potencial segunda temporada.
Charlie Covell, roteirista-chefe da atração, falou sobre o futuro da série britânica em entrevista ao site Cosmopolitan, edição do Reino Unido. Os planos são de continuar a história, entretanto não existe nenhuma decisão oficial vinda da Netflix, até agora. “Mas eles [executivos da plataforma] têm demonstrado bastante apoio”, comentou.
“Definitivamente, tem mais”, destacou Charlie ao falar sobre dar sequência às tramas em aberto após o fim da atual leva. “Mas eu não queria fazer um final que fosse um suspense total. Espero que [o desfecho] tenha sido satisfatório como uma temporada única, uma por si só. E existe sempre a esperança de uma encomenda por mais. Porque eu realmente adoraria fazer mais e trabalhar com aqueles atores e aquela equipe. Foi um sonho que se tornou realidade.”
A mitologia grega em Kaos
Nessa versão contemporânea sobre o plantel de deuses gregos, a discórdia reina no Monte Olímpio. O poderoso Zeus (Jeff Goldblum) à beira da paranoia enquanto três mortais estão destinados a mudar o futuro da humanidade.
A narrativa começa mostrando Zeus desfrutando do seu status de todo-poderoso, situação em que está há muito tempo. Até que, em um belo dia, ele descobre uma ruga na testa. A neurose se instala, deixando o rei dos deuses paranoico, certo de que sua queda está próxima; e ele começa a ver sinais em toda parte.
Hades (David Thewlis), o deus do submundo, era o confiável irmão de Zeus, mas está perdendo o controle de seus domínios sombrios. Há uma fila de mortos esperando para serem processados e eles estão ficando impacientes.
Hera (Janet McTeer), rainha dos deuses, exerce seu domínio sobre a Terra e Zeus de um jeito muito particular. Mas seu poder e liberdade estão ameaçados pela paranoia crescente de Zeus, obrigando a rainha dos deuses a agir. Enquanto isso, Dionísio (Nabhaan Rizwan), o filho rebelde de Zeus, está descontrolado e prestes a entrar em uma disputa cósmica com o pai.
Na Terra, as pessoas querem mudanças, mas Poseidon (Cliff Curtis), deus dos mares, tempestades, terremotos (e cavalos), está mais preocupado com o tamanho do seu iate e o local da próxima festa. O bem-estar das pessoas simples não lhe interessa. Infelizmente, para os deuses, alguns mortais estão começando a perceber isso.
Esses mortais, Riddy (Aurora Perrineau), Orfeu (Killian Scott), Caneus (Misia Butler) e Ari (Leila Farzad), têm histórias de vida bem diversas e estão cosmicamente ligados na batalha contra Zeus. Cada um deles tem um papel a interpretar e qualquer um deles pode ter o destino de derrubar os deuses. •
João da Paz é editor-chefe do site Diário de Séries. Jornalista pós-graduado e showrunner, trabalha na cobertura jornalística especializada em séries desde 2013. Clique aqui e leia todos os textos de João da Paz – email: contato@diariodeseries.com.br