TRUE CRIME

Mulheres de Azul, a história real de policiais contra o conservadorismo

Série da Apple TV+ é liderada por Bárbara Mori (ex-Rubi)
DIVULGAÇÃO/APPLE TV+
Bárbara Mori em cena de Mulheres de Azul
Bárbara Mori em cena de Mulheres de Azul

O Apple TV+ lançou, na quarta-feira (31), a série Mulheres de Azul, inspirada em uma história real sobre a primeira força policial feminina do México. Durante o começo dos 1970, mulheres desafiaram as normas ultraconservadoras da época e buscaram espaço do lado da lei. Para tanto, tiveram de lutar contra a desconfiança da população e de um sistema machista.

Na série, quatro mulheres lideram a narrativa como integrantes dessa força policial feminina (na vida real, eram chamadas de Las Azules = As Azuis). Só que elas logo descobrem que o esquadrão nada mais é do que uma manobra publicitária para distrair a mídia de um violento serial killer.

A história real de As Mulheres de Azul

Do que se tem registrado, o México é um dos primeiros países do mundo a ter uma força policial feminina, isso nos anos de 1930. Na ocasião, apenas algumas mulheres foram incentivadas a fazer parte de uma equipe, processo que durou pouco. Um dos motivos do projeto ter fracassado foram críticas reacionárias atacando a honra e modo de vida daquelas policiais. Eram rotuladas de “inadequadas” a prestarem um serviço público desse calibre.

Então, só na década de 1970 é que surge um novo movimento para inserir mulheres na polícia. Desta vez, a ação se deu no batalhão da Cidade do México. Mesmo em pleno auge da segunda onda do feminismo, as mulheres continuavam sendo maltratadas, alvo de comentários preconceituosos. Diziam que elas não conseguiriam vigiar as ruas e cuidar dos afazeres domésticos ao mesmo tempo…

As pioneiras precisavam vencer essa resistência da população e, ao mesmo tempo, minar a desconfiança interna. Muitas queriam fazer um serviço policial para valer, igual aos homens, mas eram delegadas a tarefas simplórias.

No drama policial do Apple TV+, as quatro personagens principais são símbolos de mulheres daquela época, personificando as policiais pioneiras que quebraram barreiras:

  • María (Bárbara Mori, estrela da popular novela mexicana Rubi) é mãe e dona de casa. Ela decide se tornar uma Azul após enfrentar uma crise conjugal. Acaba virando obcecada para capturar o assassino que nenhum policial homem chegou perto de prender.
  • Valentina (Natalia Téllez) é irmã de Maria. Sua motivação é mudar o modo de operação da polícia por dentro. Por ser uma jovem rebelde, ela sofreu muito ao enfrentar policiais nas ruas.
  • Gabina (Amorita Rasgado) vem de uma família recheada de policiais homens. Ela quer continuar essa linhagem, apesar da desaprovação do pai.
  • Ángeles (Ximena Sariñana) é uma criminologista, brilhante analista de impressões digitais.

Mulheres de Azul estreou com os dois primeiros episódios. A cada quarta-feira, ocorrem lançamentos semanais até 25 de setembro.

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