A depender dos críticos, a série O Problema dos 3 Corpos passaria de ano com uma avaliação apertada por causa de uma nota mediana, no máximo. A nova ficção científica da Netflix estreou nesta quinta-feira (21) sob uma montanha de reviews polarizantes. Se por um lado alguns especialistas gostaram muito do que viram, outros detonaram a criação da mesma dupla de showrunners que fez Game of Thrones.
As notas de O Problema dos 3 Corpos nos sites que compilam críticas da mídia de língua inglesa beiram a fronteira do regular para bom. No Metacritic, a ficção científica cravou um 70 (de 100). Enquanto que no Rotten Tomatoes, a série alcançou um rating um tanto mais favorável, de 76%. Caso a nota 7 for a de corte de um professor exigente, a atração escapou por pouco da reprovação.
O jornalista Alan Sepinwall, do site Rolling Stone, cravou que o drama é “uma grande furada”, rotulando a produção como “um drama mediano, na melhor das hipóteses.”
Crítico da The Hollywood Reporter, Daniel Fienberg usou um exemplo didático para ilustrar seu ponto de vista sobre a falta de essência da série, muito marcada por elementos complexos sem utilidade prática: “É como um lanche que custa US$ 100 porque vem com um pedaço de folha de ouro. O que a folha de ouro acrescentou ao lanche? O fato de poderem cobrar de você US$ 100.”
Dando a nota C+, bem no limite do azul, o site Entertainment Weekly (por Christian Holub) se viu na necessidade de ressaltar o óbvio necessário: “Não espere [aquele] sucesso estrondoso de Game of Thrones”. O crítico acrescentou: “É interessante manter GoT em mente ao pensar em como O Problema dos 3 Corpos não consegue encontrar o mesmo equilíbrio de escala entre as ideias grandiosas e os personagens principais da trama.”
No outro extremo da balança estão as avaliações positivas. A revista The New Yorker (por Inkoo Kang) chamou a atenção para a parte quase acadêmica da narrativa, ressaltando que a série “pertence a uma raça muito rara: a do entretenimento convencional que leva seus espectadores por corredores especulativos estimulantes, intelectuais e originais.”
Para o site The A.V. Club (via Cindy White), é ótimo que O Problema dos 3 Corpos não seja a nova Game of Thrones. A jornalista aprovou a tal originalidade do material apresentado: “Depois de alguns episódios, você fica tão envolvido nesse mundo, nessa história, que ela existe por si só, sem o fardo de conexões passadas. Não importa o que veio antes; você só quer saber o que virá a seguir.”
O Problema dos 3 Corpos foi construída para ser apreciada no modo maratona, encorajando o espectador a assistir a um episódio atrás do outro. “A única coisa com a qual precisamos nos preocupar é o valor de entretenimento da série”, escreveu Gavia Baker-Whitelaw, do site TV Guide. “Cada episódio nos deixa com um motivo bastante convincente para assistir ao próximo; um contraste nítido em relação aos preguiçosos lançamentos recentes da Netflix.”
O Problema dos 3 Corpos é um relato épico sobre o que acontece quando a humanidade descobre que não estamos sozinhos no universo. O título da trilogia/série tem conexão com um estudo da física, envolvendo as leis de Newton, chamado de problema de três corpos. Basicamente, trata-se de qualquer movimento de três partículas, seja na mecânica orbital ou quântica.
A narrativa se passa na China, durante o final dos anos 1960. Enquanto o país inteiro está sendo devastado pela violência da Revolução Cultural, um pequeno grupo de astrofísicos, militares e engenheiros começa um projeto ultrassecreto envolvendo ondas sonoras e seres extraterrestres.
Uma decisão tomada por um desses cientistas mudará para sempre o destino da humanidade e, cinquenta anos depois, uma civilização alienígena à beira do colapso planeja uma invasão.
A série aborda a marcha humana em direção aos confins do universo, apresentando uma clássica história sci-fi. Nesse jogo envolvente, a humanidade tem tudo a perder.
Nomes de Game of Thrones foram escalados para o drama: John Bradley (o Samwell Tarly), Liam Cunningham (Sor Davos Seaworth) e Jonathan Pryce (Alto Pardal). Completam o elenco Benedict Wong (da série Mulher-Hulk: Defensora de Heróis), Eiza González (Extrapolations), Jovan Adepo (Sorry for Your Loss), Ben Schnetzer (Y: The Last Man), Rosalind Chao (Better Things), entre outros.
A série da Netflix é baseada em uma coleção de livros. No Brasil, a trilogia Três Corpos é publicação da Companhia das Letras, sob o selo Suma. O primeiro volume é O Problema dos Três Corpos, seguido por A Floresta Sombria e O Fim da Morte.
João da Paz é editor-chefe do site Diário de Séries. Jornalista pós-graduado e showrunner, trabalha na cobertura jornalística especializada em séries desde 2013. Clique aqui e leia todos os textos de João da Paz – email: contato@diariodeseries.com.br
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