SENTINEL AWARDS

Grey’s Anatomy é premiada por episódio emotivo e mortal sobre aborto

Addison Montgomery liderou jornada pró-aborto no drama médico
DIVULGAÇÃO/ABC
Kate Walsh na 19ª temporada de Grey's Anatomy
Kate Walsh na 19ª temporada de Grey's Anatomy

A série Grey’s Anatomy foi uma das laureadas no Sentinel Awards, premiação realizada na última quarta-feira (6). O drama médico ganhou a categoria representação de aborto pelo quinto episódio da 19ª temporada. Há mais de duas décadas que o Sentinel contempla programas televisivos e séries que mostram retratos significativos e precisos sobre tópicos sociais e atuais como aborto, racismo sistêmico, mudanças climáticas e saúde mental.

Na 19ª temporada, Grey’s Anatomy (Sony, Star+) fez uma cruzada pró-aborto liderada pela personagem de Kate Walsh, a cirurgiã pré-natal/neonatal Addison Montgomery, obstetra e ginecologista. Essa abordagem se deu como resposta à decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos que suspendeu o direito federal e constitucional ao aborto legal, que estava em vigor há quase 50 anos. Assim, cada Estado da nação passou a ter controle da legislação, podendo restringir ou até mesmo vetar o procedimento. 

Tudo começou no tal quinto episódio, intitulado de Quando Eu Chegar à Fronteira. Durante um trabalho voluntário longe de Seattle, a obstetra, ao lado de Miranda Bailey (Chandra Wilson), se depara com um congestionamento na estrada enquanto atendia Susan (Audrey Moore), uma mulher com gravidez de risco

O médico da paciente, no Estado de Idaho, não fez a remoção do feto por causa de lei local. Por isso, Miranda e Addison foram ao encontro dela, levando-a para o Estado de Washington, onde poderia ser tratada.

Mas o trânsito complicou a situação crítica. Susan passou a ter hemorragia e ficou inconsciente. Dentro de uma van padrão, sem equipamentos de emergência, as médicas fizeram de tudo até a chegada de uma ambulância. O congestionamento impediu tanto isso quanto a ida a um hospital mais próximo. Susan sangrou até a morte, na beira da estrada.

Ainda na estrada se recuperando, Addison fez um desabafo poderoso, irritada com a situação trágica e evitável, enquanto a paciente morta era levada para o IML:

“São os legisladores. Eles deviam ser obrigados a vir até aqui. Sim, eles tinham que ver o estrago que fizeram. Eles tinham que ver todo esse sangue. Como vamos praticar medicina? Como vamos tratar os pacientes? Estamos paralisadas por leis que são feitas por pessoas que estão tão distantes dessa realidade… Eu tenho um diploma, tenho décadas de experiência tratando mulheres grávidas. Qual a experiência que eles têm? Por que são eles que decidem? Isso está errado, é revoltante.”

Com a decisão da Justiça americana e com o que viu em campo, Addison opta por deixar a clínica de reprodução em Seattle para viajar por todos os EUA e ajudar mulheres grávidas que precisam de qualquer ajuda médica. Isso em uma van especial para atendê-las adequadamente e transportá-las, levando-as aos Estados que permitem o aborto.

Estes foram os outros prêmios do Sentinel Awards de 2023:

Representação de inteligência artificial
Mrs. Davis (inédita)

Representação de câncer de mama
Superman & Lois (HBO Max)

Representação de deficiência
Um Passo de Cada Vez (Apple TV+)

Representação de mudança climática
Extrapolations – Um Futuro Inquietante (Apple TV+)

Representação de diplomacia
A Diplomata (Netflix)

Representação de desigualdade econômica
Este Tonto (Star+)

Representação de saúde maternal
A Nova Vida de Toby (Star+)

Representação de saúde mental
This Is Going to Hurt (HBO Max)

Representação de fim da vida
As Pequenas Coisas da Vida (Star+)

Representação de racismo sistêmico
Station 19 (Sony, Star+)


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