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DNA do Crime expõe ponto fraco das séries brasileiras: repetição de atores

Elenco de nova série da Netflix reúne nomes que passaram por outras atrações recentemente
REPRODUÇÃO/DIVULGAÇÃO/GLOBOPLAY/NETFLIX
Maeve Jinkings e Thomás Aquino nas séries Os Outros (fotos à esq.) e DNA do Crime
Maeve Jinkings e Thomás Aquino nas séries Os Outros (fotos à esq.) e DNA do Crime

Em menos de seis meses, Maeve Jinkings e Thomás Aquino foram de amantes a polícia e ladrão. Atualmente estrelando a série DNA do Crime, na Netflix, a dupla protagonizou uma história crucial no drama Os Outros, do Globoplay, lançado no final de maio. A nova trama policial da gigante do streaming é a comprovação do ponto fraco das séries brasileiras: repetição de atores.

O carrossel de atores no Brasil tem um diâmetro muito pequeno, com poucos espaços. Assim, a probabilidade de o público, em um curto espaço de tempo, ver o mesmo ator em séries diferentes é bastante grande. O exemplo Maeve-Aquino em DNA do Crime não é isolado.

Nessa atração da Netflix baseada em fatos reais, Maeve dá vida à Suellen, uma policial que recentemente virou mãe e está disposta a voltar às ruas e combater o crime na linha de frente. Aquino, por sua vez, é o principal bandido na mira dos agentes da polícia federal brasileira.

Em Os Outros, Maeve viveu Mila, moça vítima de violência doméstica. Ela se enrolou em um caso de adultério com o vizinho Amâncio (Aquino), vendedor frustrado, dentro de um casamento desgostoso, que tratava Mila com carinho.

A situação de Rômulo Braga é agravante. Em DNA do Crime, ele interpreta um policial federal perturbado, cabeça quente, focado em uma missão de vingança. Há pouco mais de um ano, o ator também viveu um policial implacável, mas da Rota (tropa de elite da polícia militar paulistana), na série Rota 66 – A Polícia que Mata (Globoplay).

DNA do Crime apresenta o ator Pedro Caetano na pele de um delegado que centraliza as decisões da principal operação da narrativa. No recente drama jurídico Sentença (Prime Video), o personagem de Caetano teve origem na polícia, mas saiu da corporação por ser vítima de homofobia. Acabou virando advogado e trabalhando com Heloísa, a protagonista interpretada por Camila Morgado.

Tem ainda o exemplo de Erom Cordeiro, que menos de um mês atrás bancava o detetive Santiago na terceira temporada de A Divisão (Globoplay). Em DNA do Crime, ele encarna o marido de Suellen.

Além da repetição de atores no mundo das séries, outra coisa comum do audiovisual brasileiro é ator que aparece, ao mesmo tempo, em série e novela. Existem exemplos bem atuais disso.

Enquanto embarcava em uma jornada de herói espetacular no drama Cangaço Novo (Prime Video), Allan Souza Lima estava no vídeo como um padre na novela Amor Perfeito (Globo).

Deborah Secco esteve simultaneamente na série luso-brasileira Codex 632 (Globoplay) e na novela Elas por Elas (Globo).

No circuito hollywoodiano, existem atores que, em um único ano, aparecem em múltiplas séries. Porém, são artistas da prateleira baixa. É raro algo do tipo acontecer com protagonistas. Uma prática corriqueira, dependendo do nível do ator, é fazer um filme nas férias de uma série (entre temporadas), optando pela preferência de um “bico” no cinema do que na TV.


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