A série sobre a vida de Ângela Diniz (1944-1976), interpretada por Marjorie Estiano (Sob Pressão, Fim), ganhou uma nova casa. De acordo com informações da coluna Play, do jornal O Globo, a atração trocou o Prime Video pela HBO Max, isso após entrave na negociação com o streaming da Amazon. A plataforma da Warner Bros. Discovery adquiriu essa produção de olho em mais histórias biográficas de pessoas famosas.
Indicada ao Emmy Internacional por Sob Pressão, Marjorie Estiano encarna Ângela, socialite vítima de um crime passional que parou o Brasil. Recentemente, essa história foi retratada em Angela, filme nacional com a direção de Hugo Prata (Elis) que contou com Isis Valverde no papel principal.
A ideia da série é encenar a história de Ângela Diniz. Além de depoimentos de pessoas próximas dela, a inspiração da narrativa vem do podcast Praia dos Ossos, que reconstituiu o assassinato da socialite.
A trama vai ter seis episódios, com Elena Soárez (O Mecanismo, Treze Dias Longe do Sol) chefiando a sala de roteiristas. A direção fica com Andrucha Waddington (Amor e Sorte, Sob Pressão).
O caso do assassinato de Ângela Diniz
Em plena Segunda Onda do movimento feminista, um crime bárbaro abalou a sociedade brasileira. A socialite Ângela Diniz, aos 32 anos, foi morta a tiros pelo seu marido, o empresário Raul “Doca” Fernandes.
Primeiramente, ele foi condenado a dois anos de cadeia, porém cumpriu a pena em liberdade. A justificativa do assassino foi ter “matado por amor”, defesa que logicamente causou muita polêmica.
O crime foi assunto em todo o Brasil e culminou em protestos históricos de militantes feministas, sob o lema “quem ama não mata”. As manifestações tiveram êxito, um novo julgamento ocorreu e Doca recebeu uma sentença de 15 anos atrás das grades. Ele morreu aos 86 anos após sofrer uma parada cardíaca, em 2020.
Na época, o assassinato de Ângela Diniz motivou inúmeras reportagens especiais e inspirou programas de TV. De Globo Repórter a minissérie na Globo inspirada em crimes passionais (batizada de Quem Ama Não Mata, de 1982), o feminicídio da socialite pautou o Brasil. Até chegou a ser resgatado em 2003 em uma edição do programa policialesco Linha Direta.
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João da Paz é editor-chefe do site Diário de Séries. Jornalista pós-graduado e showrunner, trabalha na cobertura jornalística especializada em séries desde 2013. Clique aqui e leia todos os textos de João da Paz – email: contato@diariodeseries.com.br