Encerrando um hiato de 19 meses desde o final da primeira temporada, a série A Idade Dourada retorna com uma nova leva de episódios, na HBO e HBO Max, no domingo (29). O aclamado drama de época assinado por Julian Fellowes, criador da franquia Downton Abbey, volta acirrando ainda mais os ânimos polarizantes na busca por privilégios na alta sociedade de Nova York, no final do século 19.
A dinâmica da narrativa disseca o conflito entre gente podre de rica e adepta do conservadorismo contra quem tem uma visão mais progressiva da vida em sociedade.
Tudo encenado por um elenco de primeira grandeza, liderado por nomes do nível de Carrie Coon (The Sinner), Cynthia Nixon (And Just Like That…), Christine Baranski (The Good Wife) e Audra McDonald (The Good Fight). A série tem a peculiaridade de reunir na TV grandes atores e atrizes do teatro americano.
Resumo da 1ª temporada de A Idade Dourada
A HBO preparou um necessário resumo sobre a primeira temporada de A Idade Dourada, um guia útil para o público lembrar o que aconteceu, afinal o intervalo até a segunda leva foi bastante extenso, mais de um ano e meio.
O enredo da primeira temporada começa em 1882, quando Marian Brook (Louisa Jacobson), após uma tragédia pessoal, vai morar em Nova York com suas tias Ada (Cynthia) e Agnes Van Rhijin (Christine). Ao chegar na cidade grande, a jovem se depara com um mundo completamente diferente do seu, testemunhando uma sociedade dividida entre manter os antigos hábitos (ricos conservadores) ou abraçar o futuro (novos ricos).
Do outro lado da rua, a família Russell, composta pelo magnata George (Spector), sua mulher, Bertha (Carrie), e seus filhos, acabam de mudar-se para sua nova e chamativa mansão, desagradando os vizinhos, que os consideram progressistas demais.
O clã novo no pedaço faz tudo o que está ao alcance do dinheiro para ser aceito no ciclo da velha guarda, mas a abelha-rainha Lady Astor (Donna Murphy) não facilita para os recém-chegados.
Nessa primeira leva, o embate brindou o público com cenas de eventos suntuosos, trajes exuberantes e grandes demonstrações de poder.
Ao mesmo tempo, a misteriosa Peggy Scott (Denée Benton), originária do Brooklyn, persegue o sonho de ser escritora e enfrenta todos os tipos de obstáculos no caminho até esse objetivo. E, ainda por cima, tem de lidar com suas diversas questões familiares e o preconceito racial da sociedade.
Enquanto disputas são travadas do lado de cima, os funcionários dos casarões também travam suas próprias batalhas e vivem polêmicas pessoais, com diversos momentos divertidos e emocionantes, que mostram os enormes contrastes sociais característicos da época (como visto em Downton Abbey).
No meio disso tudo, A Idade Dourada também retratou momentos e figuras históricas, incluindo o nascer da Cruz Vermelha, organização mundial de saúde ainda existente, e sua fundadora nos Estados Unidos, Clara Barton (Linda Emond).
Ganhou destaque também a ascensão de T. Thomas Fortune (Sullivan Jones), escritor, líder dos direitos civis e o principal jornalista negro da época. Outra figura colocada sob os holofotes na trama, com a chegada da eletricidade a Nova Iorque, foi Thomas Edison (Mat Hostetler).
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João da Paz é editor-chefe do site Diário de Séries. Jornalista pós-graduado e showrunner, trabalha na cobertura jornalística especializada em séries desde 2013. Clique aqui e leia todos os textos de João da Paz – email: contato@diariodeseries.com.br