GUERRA POLÍTICA

Peaky Blinders detona rival de Trump por usar cenas da série em vídeo homofóbico

Veja a propaganda eleitoral bizarra promovida pelo comitê de Ron DeSantis
REPRODUÇÃO
Ron DeSantis em trecho de propaganda eleitoral polêmica
Ron DeSantis em trecho de propaganda eleitoral polêmica

Cenas da série Peaky Blinders (Netflix) foram usadas indevidamente em vídeo produzido pelo comitê de campanha de Ron DeSantis, atual governador da Florida e candidato à Presidência dos Estados Unidos. Nele, dois trechos do drama britânico são mostrados durante propaganda eleitoral que promove a agenda homofóbica do político conservador. Ele é o grande rival de Donald Trump, ex-presidente dos EUA, para ser o representante do Partido Republicano nas eleições de 2024.

O vídeo, um tanto quanto bizarro, mostra trechos de declarações de Trump a favor da comunidade LGBTQIA+, como ele dizendo que irá “proteger nossos cidadãos LGBTQ”. Para contrapor isso, a campanha de DeSantis destacou ações do governador contra a comunidade. Uma manchete destacada diz: “DeSantis aprova ‘as leis antitrans mais extremas da história moderna’.”

Dentro desse contexto aparecem duas imagens de Tommy Shelby, protagonista de Peaky Blinders interpretado por Cillian Murphy. Tais cenas foram inseridas sem autorização. O perfil oficial da série, no Twitter, divulgou nota repudiando a situação.

“Em nome dos parceiros de Peaky Blinders -Steven Knight [o criador], Cillian Murphy, Caryn Mandabach Productions, Tiger Aspect Productions e Banijay Rights-. nós confirmamos que a imagem do personagem Tommy Shelby usada em vídeo postado pela campanha de Ron DeSantis foi obtida sem permissão ou licença oficial. Nós não apoiamos ou aprovamos a narrativa apresentada no vídeo. E desaprovamos com veemência o uso do conteúdo dessa maneira.”

O objetivo do vídeo (veja abaixo) é mostrar para a direita conservadora americana que DeSantis é o candidato mais agressivo em ações contra a comunidade LGBTQIA+. São destacadas posturas radicais do político, como impedir realização de Parada Gay e banir discussão de pronomes neutros pró-LGBTQIA+ nas escolas.


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