NEGÓCIOS

Roteirista expõe Disney ao reclamar de remoção de série: ‘Cruel’

Lançada há seis meses, Willow tem data para sumir do mapa
DIVULGAÇÃO/DISNEY+
Warwick Davis em cena de Willow
Warwick Davis em cena de Willow

A Disney é mais um conglomerado que opta por retirar conteúdo de suas plataformas de streaming para economizar dinheiro. As primeiras vítimas são séries de pouco sucesso do Disney+ que deixam o catálogo neste mês. Entre tantos casos, o de Willow chama mais a atenção pelo fato de ter sido lançada recentemente. Um roteirista da série detonou a casa do Mickey Mouse, reclamando do jeito “absolutamente cruel” que tomaram tal decisão.

Em uma série de postagens no Twitter, John Bickerstaff apontou que Willow não vai chegar a completar seis meses exatos na plataforma, sendo removida no próximo dia 26 (o lançamento foi em 30 de novembro). “Esse ramo de negócios tornou-se absolutamente cruel”, decretou

“Eles [Disney] são donos da propriedade [Willow é da produtora Lucasfilm]. A única conclusão [que chego] é que isso é para evitar o pagamento de residuais. E isso em plena greve”, continuou o roteirista.

Ele faz referência a atual greve dos roteiristas de Hollywood, decretada no último dia 2. Uma das demandas do sindicato é o reajuste de pagamento de residuais (como se fosse direito autoral) para os roteiristas que trabalham em séries de streamings. Se uma plataforma retira atrações, os roteiristas deixam de receber o pouco que ganham quando elas estão disponíveis.

Não faz sentido investir em uma série e fazê-la desaparecer seis meses depois”, desabafou Bickerstaff. “É apenas um mau negócio.”

Essa realidade, de plataformas se livrando de séries, acende um alerta para a comunidade de roteiristas que trabalham em Hollywood. É ilusão crer que uma série vai ficar para sempre nas plataformas, gerando assim renda constante para os trabalhadores. 

Tem o detalhe de que séries como Willow, removidas de streamings, simplesmente somem do mapa, pois não estão na TV paga, não são exibidas na TV aberta e não contam com mídia física (tipo DVDs).

Como truque fiscal, os conglomerados acharam um jeito de se livrar de produções pouco rentáveis. Quando as remoções são aos montes, como o Disney+ vai fazer neste mês, a economia pode ser considerável no balanço fiscal do grupo. 

No ano passado, a Warner Bros. Discovery, via HBO Max, começou com essa onda.


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