ENTENDA

Saltos no tempo em A Casa do Dragão têm hora para acabar

Drama filhote de GoT está na fase introdutória da história principal
DIVULGAÇÃO/HBO
Milly Alcock no terceiro episódio de A Casa do Dragão
Milly Alcock no terceiro episódio de A Casa do Dragão

A série A Casa do Dragão tem chamado a atenção pelos saltos no tempo episódio após episódio. Do primeiro para o segundo, o pulo foi modesto, de seis meses. Porém, três anos se passaram entre o segundo e terceiro capítulos, ocultando muita coisa da trama. Esse recurso vai continuar até ocorrer o maior de todos os saltos, de dez anos. Daí a narrativa vai sossegar.

O drama fantasioso filhote de Game of Thrones prepara o terreno para o que realmente importa, que é a guerra civil rotulada de Dança dos Dragões. Isso vai começar a se desenrolar após o salto de uma década, no qual as atrizes Milly Alcock (a Rhaenyra) e Emily Carey (Alicent) serão substituídas por Emma D’Arcy e Olivia Cooke, respectivamente.

A Casa do Dragão, no momento, apresenta ao público quem é quem nessa história até chegar no grande combate. Porém, os saltos no tempo, copiados do livro Fogo & Sangue no qual a série se baseia, têm sido muito bruscos. O terceiro episódio sintetizou bem isso.

Logo no começo, os personagens avisam os telespectadores que nada menos do que três anos se passaram desde o segundo episódio. Não apenas Viserys I (Paddy Considine) está casado com Alicent, melhor amiga da filha, como tem um filho (herdeiro?) de dois anos, batizado de Aegon. 

É curioso notar como praticamente nada aconteceu de importante em Westeros durante esses três anos ignorados, fora o nascimento do filho do rei e o acirramento da batalha nas ilhas de Stepstones (Degraus). Nada além dessas coisas foi citado.

As atrizes Emily Carey (à esq.) e Milly Alcock em A Casa do Dragão
As atrizes Emily Carey (à esq.) e Milly Alcock em A Casa do Dragão

Casos de família em A Casa do Dragão

A Casa do Dragão deixou de mostrar o nascimento de uma rixa importante para o todo da história, entre Rhaenyra e Alicent. Esse atrito foi resumido muito brevemente em um encontro entre as duas, com a madrasta chamando a enteada para um passeio em família. Rhaenyra obedeceu apenas porque foi ordem do rei, não necessariamente para alegrar o pai.

Pegando o livro Fogo & Sangue como base, a primeira temporada deve ter saltos no tempo variados até a reta final. A narrativa seguirá uma rota tradicional assim que a adulta Rhaenyra entrar em cena.

Sem spoilers, apenas para informar o que vem por aí de importante. Após o nascimento de Aegon, a questão de quem vai herdar o Trono de Ferro de Viserys I ficará ainda mais nebulosa. De um lado está Rhaenyra, que recebeu a promessa do pai perante todo o reino. Do outro está Aegon, que segundo a tradição, por ser o primeiro filho homem do rei, tem de ser o sucessor.

A Dança dos Dragões é a guerra entre Rhaenyra e Aegon pelo Trono de Ferro. A filha do rei entrará em combate contra o meio-irmão, filho da melhor amiga de infância. Esse duelo gera inúmeras desavenças cruciais para o andamento da história.

O quarto episódio de A Casa do Dragão entra no ar, pela HBO, no domingo (11), às 22h. O streaming HBO Max disponibiliza a série. A primeira temporada tem um total de dez capítulos; a segunda leva está confirmada.

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