O Star+ lança Alasca: Em Busca da Notícia nesta quarta-feira (17), cinco dias após a rede americana ABC cancelar a série, que não passou da primeira temporada. De todos os cancelamentos decretados neste ano na TV aberta dos Estados Unidos, esse foi o mais sentido. Trata-se de um drama com bom elenco e bem produzido, encenando narrativa importante que realmente apresenta algo novo e instrutivo.
É complicado embarcar em uma série sabendo que o final não será satisfatório devido ao cancelamento precoce. Contudo, vale a pena ver Alasca, pois é uma atração diferenciada em comparação a outras tantas espalhadas por aí. No mínimo, o telespectador vai entender, ao chegar no final, que a trama merecia continuar viva.
Diferentemente do que ocorre no audiovisual brasileiro, que esquece outras partes do país ao se concentrar em um eixo regional batido, Hollywood explora os 50 Estados americanos. Tem séries ambientadas em todos eles, mesmo os mais excêntricos. É o caso de Alasca, que se passa no Estado homônimo. Esse é um atrativo da atração, por mostrar lugar fora do comum e modo de vida inusitado, para dizer o mínimo (como lidar com o sol brilhando forte às 22h?).
Conectado a isso, o tema principal da série também é incomum. Mulheres indígenas estão no centro da narrativa, quando uma jornalista passa a investigar desaparecimento e assassinatos de moças nativas no Estado. É uma crise grave, mas acobertada pelo sistema.
A jornalista em questão é Eileen Fitzgerald, interpretada por Hilary Swank, atriz duas vezes vencedora do Oscar. Repórter investigativa premiada, ela deixou a cidade de Nova York após confusão no antigo emprego, onde arranhou o prestígio que tinha. Buscando redenção e chance de recomeçar, ela aterrissou em Anchorage, a maior cidade do Alasca.
Lá, ela arranjou emprego no jornal local metropolitano, outro universo em comparação ao emprego que tinha na Cidade da Maçã. Inconformada com tarefas banais, ela vê a oportunidade de reportar uma história relevante nesse caso das mulheres indígenas.
Além da desconfiança no trabalho, Eileen precisa enfrentar pessoas poderosas da região que querem frustrar a investigação da repórter, pois muitos segredos sensíveis podem ser revelados. É um caminho perigoso à procura da verdade e da justiça.
O cancelamento de Alasca chamou a atenção porque havia sim uma base sólida de fãs, embora a audiência não tenha sido lá grande coisa (média de 2,84 milhões de telespectadores, no “ao vivo”). Campanhas pedindo o resgate estão ativas, mas um ressurgimento é improvável.
A atração era toda do grupo Disney, feita pelo estúdio 20th Television e exibida na ABC. Essa é a fórmula mais econômica que se tem, mais em conta do que quando a série vem de uma produtora de fora. Como isso não foi suficiente para continuar com a trama, difícil pensar em uma alternativa viável.
Veja o teaser, legendado, do drama:
A primeira e única temporada de Alasca: Em Busca da Notícia é composta de 11 episódios.
João da Paz é editor-chefe do site Diário de Séries. Jornalista pós-graduado e showrunner, trabalha na cobertura jornalística especializada em séries desde 2013. Clique aqui e leia todos os textos de João da Paz – email: contato@diariodeseries.com.br
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