MERCADO

Manda mais ou chega? 599 séries foram lançadas em 2022

Esse volume é só de atrações de língua inglesa...
DIVULGAÇÃO/HULU
Jeremy Allen White em cena da comédia O Urso
Jeremy Allen White em O Urso; a cada nova boa série, quantas ruins estreiam?

Eis um número para você que acha que existem muitas séries por aí para assistir. Em 2022, foram lançadas 599 séries, de língua inglesa, em streamings, TVs abertas ou canais pagos americanos, montante que, consequentemente, chega em todo o mundo. O dado é parte de um levantamento anual feito pelo FX, revelado pelo executivo John Landgraf, presidente do canal do grupo Disney, em painel no seminário da Associação dos Críticos de Televisão dos Estados Unidos (TCA), realizado nesta semana.

Muito respeitado no meio, John Landgraf é chamado de “prefeito” da TV americana. Em 2015, ele ganhou fama por afirmar que o mercado de séries estava perto de saturar, pois tinha-se chegado na Peak TV (TV no Auge, em tradução livre). Naquele ano, foram lançadas 422 séries…

A previsão tinha fundamento no fato de muitos canais aleatórios, como Bravo e A&E, terem entrado e saído da fábrica de fazer séries. Ele, entretanto, errou ao não antever o crescimento absurdo dos streamings, em número de plataformas e quantidade de conteúdo. Três anos depois, quando os lançamentos de séries chegaram perto de 500, ele admitiu que errou na profecia.

Contudo, Landgraf agora repete o discurso de outrora. “Acredito que há um forte indício de que vamos começar a ver um declínio [na produção de séries] já no início de 2023”, declarou o executivo. Uma razão disso está no processo de várias empresas, como Warner Bros. Discovery e AMC Networks, de não apenas cancelar séries, mas reverter renovações e excluí-las de streamings, tudo para economizar dinheiro.

Brincando, ele disse que não irá se esconder caso erre de novo, ou seja, se o volume de séries só aumentar nos próximos anos. Mas o executivo prevê uma queda de cerca de 30% nessa quantidade de lançamentos anuais em um futuro bem próximo, o que levaria o balanço para o nível de oito anos atrás, em 2015, quando o “prefeito” cravou que a bolha das séries iria estourar.


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