
Onze anos após a estreia, Chicago P.D. entra em uma nova era. A 13ª temporada do drama policial, que estreia no Brasil na segunda-feira (3), no streaming Universal+, marca uma fase repaginada da série. Isso porque a narrativa da leva atual de episódios reflete os conflitos da temporada anterior ligados à morte do chefe Charlie Reid (Shawn Hatosy).
É o sargento Hank Voight (Jason Beghe) encarando um dos maiores desafios de sua carreira, tentando reconstruir sua Unidade de Inteligência após ela ter sido desmantelada, fruto das armações do corrupto Reid. A reunião da equipe, alocada em trabalhos simples (rondas e patrulhas), tem início de forma frágil por causa das táticas corriqueiras de Voight, baseadas em ameaças e enganos.
Para se ter um contexto completo do que vem por aí na 13ª temporada de Chicago P.D., é preciso revelar pequenos spoilers dos novos episódios. Siga a leitura sabendo disso.
Nos primeiros movimentos da temporada, o foco se volta para o policial Dante Torres (Benjamin Levy Aguilar), que parece à deriva. Após se envolver romanticamente com uma traficante e não conseguir salvá-la, Torres perdeu a fé e recorre à automutilação como forma de sentir algo novamente.
Eis um sinal da desorganização do grupo, um mês após a morte de Reid. Voight precisou improvisar para reunir novamente seus cinco agentes de elite, entre ameaças e artifícios habituais.
Enquanto o sargento-chefe e os policiais Kevin Atwater (LaRoyce Hawkins) e Adam Ruzek (Patrick Flueger) foram enviados de volta ao serviço de rua, Kim Burgess (Marina Squerciati) e Torres permanecem sem seus respectivos distintivos, pois estão sob investigação por supostas mentiras à chefia e condutas impróprias.
A mais nova integrante da equipe, Kiana Cook (Toya Turner), optou por assumir outra função em um distrito diferente.
Essa reestruturação da Unidade de Inteligência, porém, ganha impulso com a entrada de Eva Imani (Arienne Mandi), ex-agente do departamento que investiga casos envolvendo tabaco, álcool e armas de fogo. Ela largou o antigo emprego após ter sua vida salva por Voight e ver um caso perigoso resolvido. Com a nova integrante, o sargento retoma sua estratégia de manipulação e coerção, conseguindo ressuscitar a unidade e estabelecer novas dinâmicas internas.
A showrunner Gwen Sigan, em entrevista ao site The Hollywood Reporter, avisou que a temporada seguirá lidando com as consequências da morte de Reid. “Algumas situações que pensávamos que desapareceriam com a morte dele continuam repercutindo”, comentou. Ela destacou que a chegada de Imani traz não apenas novas relações, mas também novos conflitos e possibilidades para a equipe de inteligência.
Outro ponto de tensão se concentra no relacionamento de Voight com a promotora Nina Chapman (Sara Bues), que descobriu o envolvimento dele no assassinato de Reid. A temporada explora o afastamento profissional e pessoal entre os dois, mostrando um Voight mais solitário e focado no trabalho. •

João da Paz é editor-chefe do site Diário de Séries. Jornalista pós-graduado e showrunner, trabalha na cobertura jornalística especializada em séries desde 2013. Clique aqui e leia todos os textos de João da Paz – email: contato@diariodeseries.com.br



